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(19) 3422-8489secretaria@catedraldepiracicaba.org.brDízimo: Encontro Pessoal com Deus
Neste tempo de grandes desafios para toda humanidade, para a sociedade civil, para a Igreja e principalmente para os mais necessitados, a saber: os empobrecidos, os desempregados, os subempregados, os pequenos comerciantes e empresários, enfim pra todas as famílias que enfrentam situações nunca antes imaginável precisamos recriar e reinventar o modo de subsidiar a comunidade paroquial.
Desde o começo da pandemia as entradas ordinárias tiveram uma sensível redução das coletas das missas, da devolução do dízimo, da campanha abrace a catedral, o cancelamento da quermesse, etc. Também promovi diversos cortes, como: redução da jornada dos funcionários e do salários, redução nos salários dos padres, cancelamento das tvs por assinatura, venda da montana e outras economias. Foram dados passos importantes, mas olhando em torno percebemos que é necessário progredir na consciência do dízimo.
Para nos ajudar nesta questão seguiremos um caminho com sete segredos consecutivos e complementares.
1º – Mudança de mentalidade: Frequentemente pensamos primeiramente em nós e depois nas necessidades da comunidade, o que de certa forma não está errado. O problema se põe quando só pensamos em nossas necessidades. De uma coisa precisamos ter plena convicção: o dízimo é formador da comunidade.
2º – Planejar e investir na conscientização do dízimo: Há necessidade de se investir cada vez mais na conscientização sobre o dízimo. Precisamos congregar e concentrar energias para que o assunto seja suficientemente esclarecido, pois ninguém ama o que não conhece.
3º – Divulgação do dízimo: Há necessidade de se criar e incrementar cada vez mais em nossa comunidade o prazer de “devolver” a Deus o que Lhe cabe. Por isso, o dízimo deve ser sempre lembrado em todos os momentos em que a comunidade esteja reunida. Porém, o maior e melhor instrumento de divulgação do dízimo é a palavra de Deus.
4º – Exercitar-se constantemente para ser melhor no futuro: A reflexão sobre o dízimo deve ser contínua e permanente. O grande desafio é a prática mensal da devolução do dízimo. É preciso acreditar que devolvendo o que é de Deus seremos abençoados, tanto eu como a comunidade que recebe a minha contribuição.
5º – Ter entusiasmo por Deus e pelas “coisas de Deus: Não é questão de moda ou simplesmente fazer barulho. A experiência do dízimo vem do interior, da intimidade da alma, do coração. Ela reside na sinceridade, na seriedade, na crença e na confiança que se deposita no Deus da vida. “Deus ama a quem dá com alegria”. Assim, o gesto da entrega do dízimo dever estar carregada de amor e de alegria.
6º – Vontade de colaborar: “Sim, nós podemos!” Trabalhar mais e melhor a questão abordada. Pois, o dízimo faz a comunidade crescer e cumprir fielmente o papel de evangelizadora. Ajudar no dízimo é como investir na graça de Deus que, por sinal, nunca falta e nunca falha.
7º – Transparência administrativa: Sendo o dízimo uma “coisa santa” precisamos gerenciá-lo muito bem. Além da prestação de contas que se faz mensalmente à diocese, o dízimo é administrado pelo Conselho de Assuntos Econômicos Paroquial que acompanha, orienta e dá sugestões diante das necessidades paroquiais.
Assim, o dízimo deve ser uma proposta de vida, de espiritualidade comprometida com a palavra de Deus e, sobretudo, uma experiência de encontro pessoal com Deus.
Mons. Ronaldo Francisco Aguarelli – Cura da Catedral